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As piores ações de marcas em 2017

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24.01.2018 - 08:00:00 | 5 minutos de leitura

Autor - Caio
As piores ações de marcas em 2017

O mundo digital transformou-se em uma grande vitrine no mundo das marcas. Quando bem sucedidas, as ações ganham reconhecimento e repercussão mundiais, mas ao mesmo tempo, qualquer “escorregada” é imediatamente  denunciada e duramente criticada pelo público. Afinal, como se diz atualmente: Deus perdoa, mas a internet não. 

No ano que passou, muitas temáticas relacionadas à diversidade, combate ao preconceito e feminismo estiveram em debate. Algumas marcas se perderam no meio do caminho e acabaram errando feio na estratégia e na escolha, aplicando ações bem equivocadas. Relembrar é aprender! Confira a seguir alguns cases de  campanhas que deram errado e/ou não foram tão bem vistas aos olhos do consumidor.


1 – SABONETE QUE CLAREIA (?)

Esta campanha da Dove nem chegou a ser veiculada no Brasil mas seu efeito refletiu aqui também. Os vídeos de 30 e 13 minutos do material mostravam mulheres de diferentes cores trocando camisetas nudes. Até aí tudo bem. A polêmica mesmo focou a versão de 3 segundos do material, que  pareceu um “antes e depois”, mostrando a modelo negra como “antes” e com a branca o “depois” ao usar um dos sabonetes da marca. Nem é preciso dizer que o fato gerou muita polêmica e a empresa foi acusada de racismo. Baita escorregão, hein Dove! Até agora não entendemos como aprovaram essa campanha…mas enfim. A campanha foi retirada do ar e a empresa pediu desculpas por “representar as mulheres através de cor.” 

PS.: Infelizmente a marca foi responsável por outras ações consideradas racistas, confira aqui.




2 - GENTE BOA TAMBEM MATA (OI?)

O Governo Federal já teve seus deslizes quando o assunto é propaganda (ok, algumas são fantásticas) mas esta merece um parabéns no quesito polêmica. As peças da campanha “Gente boa também mata” do Ministério dos Transportes alertava que não é apenas o motorista estereotipado como inconsequente que provoca acidente, mas sim qualquer cidadão, de forma involuntária, pode provar graves acidentes ao utilizar o celular enquanto dirige. A campanha recebeu muitas críticas por ser interpretada como uma agressão à imagem de pessoas de bem que lutam por uma sociedade melhor. As peças veiculadas na TV e nos mobiliários urbanos de várias cidades do país foram imediatamente retiradas pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) após a forte rejeição da sociedade.  




3 – PROIBIDO O MACHISMO

As marcas de cerveja vêm abortando o machismo em suas comunicações e despertando para um novo olhar para a mulher. Porém, algumas ainda cometem deslizes, como foi o caso da Proibida. Ao lançar uma cerveja “delicada” para mulheres, recebeu comentários e críticas como “vou ali tomar a minha cerveja delicada de canudinho” ou “cervejeiro que é cervejeiro desenvolve sabores para agradar paladares e não gêneros”. Ui, realmente, essa foi pesada! A marca despertou o pensamento: “e quem disse que as mulheres precisam ser delicadas?!” A campanha tinha como objetivo informar que a linha da Proibida cresceu e tinha vários outros produtos. Ainda, na mesma semana a campanha publicitária da Proibida realçou os lançamentos para o ano com a versão Forte "para cabra macho de verdade", o que levou o público a considerar ainda mais a marca machista e indignado com a segregação de gêneros.




4 - AME SUAS CURVAS (E O BOM SENSO)

Nós já sabemos que quando uma marca é inconsistente entre aquilo que diz e o que faz é encrenca na certa. Pois foi justamente isso o que a Zara  teve coragem de fazer ao lançar a campanha “Love your curves” no ano passado e escolher somente modelos extremamente magras. Que nem curvas tinham! Rs! É claro que o público notou a inconsistência e logo encheu a empresa de críticas. As críticas vieram principalmente de grupos que representam o movimento Pluz Size e que sempre dizem que as grandes marcas de varejo não os representam.





5 – BONITO É PROPAGANDA SEM MANCADA

Bem no final do ano, quase que a Personal passou sem polêmica…mas não foi dessa vez. Ao lançar a campanha Black is Beautiful para o seu novo papel higiênico na cor preta, a marca errou na escolha do slogan “Black is Beautiful”. A marca foi acusada de se apropriar da expressão utilizada por militantes durante a luta dos direitos civis dos anos 60, em uma atitude racista e irresponsável. Anderson França, que foi um dos principais acusadores e críticos da campanha, disse em suas mídias sociais que a “empresa decidiu que essa expressão deve remeter a papel higiênico, cuja função qualquer pessoa conhece.” A empresa retirou a expressão da campanha estrelada por Marina Rui Barbosa. 




TODO CUIDADO É POUCO!

Aos poucos, as marcas estão aprendendo que qualquer ação deve ser muito bem pensada, pois na era digital o público é bastante participativo e crítico! Em nenhum momento elas podem deixar de considerar fatos passados pois a internet tem o poder de resgatar qualquer acontecimento. 

E acredite, a geração que já nasceu “conectada” sabe de tudo, opina sobre tudo e não deixa de se manifestar quando algo incomoda ou quando não concorda. 

Percebeu como é importante planejar e fazer uma análise de riscos ao lançar qualquer ação, por menor que seja? As proporções podem ser gigantescas ao fazer algo mal planejado.

Conte com a Voük para te ajudar a pensar. Estamos aqui para criar campanhas, desenvolver as peças e pensar em todos os riscos que a sua marca pode correr. Entre em contato: completa@vouk.com.br .

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