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Coisas não utilizadas mais na publicidade

Coluna do Macedo

25.10.2017 - 08:00:00 | 4 minutos de leitura

Autor - Caio
Coisas não utilizadas mais na publicidade

O que não usamos mais normalmente vai para o lixo, mas a sua história fica. Com a propaganda não é diferente. Você sabe o que é uma rameta, tira-linhas, ou ainda tinta nankin? Tudo isto e muito mais era usado para fazer o layouts e artes finais de peças gráficas, como um simples flyer.

A rameta era um quadro que continha os textos montados com tipos e/ou linotipos (fontes fundidas em chumbo) nas gráficas. Depois de pronta, a composição tipográfica era feita à prova de escova e enviada para a agência de propaganda para revisão. Depois, o texto era impresso, devidamente recortado pelo arte-finalista ou pelo paste up, para ser colado na arte final.


Imagem Web: Rameta. 

A evolução veio com a fotocomposição, com arquivamento das fontes utilizadas em filmes para serem utilizadas na composição por processo fotográfico. Porém, continuava exigindo que o paste up man recortasse o texto e o colasse na arte final, que em alguns casos (principalmente quando tinha imagem em uma cor) gerava um clichê, uma espécie de carimbo metálico, escavado por processo fotográfico em uma chapa de metal. Se a arte final tivesse mais de uma cor, precisava então ser feita em um fotolito, um filme positivo ou diapositivo usado para transferência de imagens para matrizes de impressão offset

Já o tira-linhas era um instrumento semelhante a uma caneta, o que permitia traçar linhas de diversas espessuras. Este instrumento ainda é utilizado na confecção de desenhos técnicos, como as plantas de imóveis. Utilizava-se tinta nankin nos tira-linhas. Os dois eram muito utilizados na confecção de artes finais.


Imagem Web: Tira - linhas. 

Além do nankin e tira-linhas, todo arte-finalista tinha que ter à sua disposição materiais como: tesoura, estilete, prancheta, pincéis, cola de contato, papel cartão, papel vegetal, tinta guache, grafite em pó, esfuminhos, régua paralela, régua T, esquadros, compassos, transferidores e um monte de outras bugigangas.

E o retoque americano então, já ouviu falar? Era o Photoshop de alguns anos atrás. Por este processo, artistas dedicados faziam durante dias a mesma coisa que se pode fazer com o Photoshop em alguns minutos. Recortar, corrigir falhas, dar destaque a determinados detalhes, tudo isso à mão, usando pincéis, lápis, grafite, esfuminho, nankin e guache. As fotos eram enviadas aos artistas, que sobre elas faziam suas obras de arte. Temos ainda o Aerador. Quer saber o que é? Imagine uma pistola de pintura bem pequena, que ao invés de usar um compressor usava o sopro pela boca. Muito usado para se obter o efeito dégradé em artes finais.

Arte para tv

Antes do VT se popularizar, as agências faziam storyboards com os principais quadros ilustrados em papel.  A primeira evolução deles foi os animatics, ou seja, um storyboard animado e filmado no formato Super 8, o que permitia aos clientes visualizarem os movimentos. 


Exemplo de storyboard em papel - Rugrats Adventure Game Storyboard

Na verdade, os movimentos eram obtidos filmando quadro a quadro, bonecos (ou produtos) recortados de forma a permitir serem colocados sobre o fundo em várias posições (simulando um personagem caminhando, por exemplo). Era uma coisa ridícula, mas, permitia se ter uma ideia mais clara daquilo que foi proposto pelo roteiro. 

Evidentemente, existem muitas outras coisas que um dia foram indispensáveis na propaganda e, que com os recursos tecnológicos atuais não têm mais utilidade. Aliás, este tempo está passando cada vez rápido. E sobrevive a agência que mais rápido se adapta a esta transição.

A Voük é uma agência antenada com as tecnologias que têm revolucionado a propaganda. Quer saber mais? Então venha conversar com a gente. Envie email para completa@vouk.com.br.

Por JM Macedo
Diretor de Pesquisa da Voük Comunicação
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