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MEU SANGUE É RUBRO-NEGRO

Coluna do Macedo

30.05.2022 - 08:00:00 | 3 minutos de leitura

Autor - Caio
MEU SANGUE É RUBRO-NEGRO

Calma, estou falando do Vitória da Bahia que, junto com sua agência de propaganda, ganhou quatro Leões de Ouro no Festival de Cannes em 2013. 

Os prêmios foram para a Leo Burnett Worldwide pela criação da campanha do Vitória incentivando a doação de sangue na Bahia, que resultou num crescimento de 46% no número de doações, segundo o Portal Terra.

A força dos torcedores

Estamos cansados de dizer e ouvir que o futebol é o esporte que atinge com mais força todas as camadas da população brasileira. Então me pergunto: por que os grandes clubes brasileiros não utilizam este potencial em mais ações sociais? Ou em mais campanhas para seu próprio benefício?

As torcidas do Flamengo, do Corinthians e do São Paulo juntas representavam 42% da população, segundo o Datafolha em 2019, somando quase 89 milhões de pessoas.

Muitos clubes de futebol até fazem ações sociais de relevância, mas a maioria deles não contam com o apoio de agências de propaganda que certamente poderiam transformar estas ações em sucessos como o caso do “Meu sangue é rubro-negro” do Vitória.

E se todos os clubes tivessem uma grande agência?

Muita gente com pouca informação acredita que propaganda é despesa desnecessária, mas a verdade é que propaganda é investimento com retorno certo, desde que seja feita com planejamento e por profissionais comprovadamente experientes.

Se todos os grandes clubes tivessem uma agência de propaganda responsável por toda sua comunicação, certamente conseguiriam melhores contratos de patrocínio, mais apoio de suas torcidas, mais respeito por parte das autoridades e, porque não dizer, resultados financeiros mais favoráveis.

Lembrando exemplos

Você tem alguma ideia de quanto custaria hoje a construção de um estádio como o Morumbi ou das Allianz Parque e Itaquera? Estaríamos falando de muitas centenas de prêmios da Mega-Sena da Virada. 

As arenas do Palmeiras e do Corinthians receberam pesados aportes de financiamentos públicos, dinheiro que poderia ser utilizado em obras de infraestrutura em benefício da população.

E o Morumbi? Claro que também utilizou de financiamentos de bancos estatais e do próprio governo, mas o total desses empréstimos representaram menos de 10% do custo total da obra. O restante foi de atividades publicitárias e de eventos, venda de cadeiras cativas, de espaços publicitários, da exclusividade na exploração dos bares e lanchonetes do estádio. 

Quase 60 anos depois

Os grandes clubes de futebol preferem se apoiar em verbas públicas e de empréstimos bancários para construir suas arenas, deixando de lado o poderio de suas torcidas e de usar os recursos que as grandes agências de propaganda podem oferecer. 

O Palmeiras tem o patrocínio de uma grande instituição financeira, mas mesmo assim vendeu o nome da arena para uma grande companhia de seguros. Já o Corinthians só começou a correr atrás quando viu seu patrimônio correndo o risco de ser penhorado.

Imagine o que os dois clubes poderiam ter conseguido se tivessem contratado grandes agências para participar de suas campanhas e contratos desde o planejamento? Com certeza poderiam ter estado muito mais tranquilos durante toda a fase de construção de suas arenas.

GENTE, PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO!

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