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SEGUNDO CAPÍTULO SOBRE A WILLYS OVERLAND BRASIL: COMO NASCEU O CORCEL

Coluna do Macedo

28.04.2022 - 08:00:00 | 3 minutos de leitura

Autor - Caio
SEGUNDO CAPÍTULO SOBRE A WILLYS OVERLAND BRASIL: COMO NASCEU O CORCEL

Na segunda metade dos anos 60, a Willys Brasil iniciou um novo projeto totalmente brasileiro, um compacto que trouxesse todas as inovações utilizadas na Europa. 

Compacto, mas maior e mais confortável, tão ou mais econômico que o Fusca e os DKW, começava a nascer o Corcel.

Um obstáculo no caminho do Corcel?

Com o projeto ainda pela metade, a Willys Overland foi vendida para a Chrysler que não tinha interesse em entrar no mercado brasileiro e a unidade daqui foi vendida para a Ford.

A montadora americana, que só produzia caminhões e picapes por aqui, fez acordo com a Chrysler para continuar produzindo os veículos da Willys e muito acertadamente decidiu levar o projeto do Corcel em frente.

Como seria o novo carro? 

Um compacto nas versões cupê com duas portas e sedã com quatro portas, tração dianteira, sem cardam e com diferencial acoplado ao câmbio: alavanca de mudanças no assoalho. Até aquela ocasião, todos tinham alavanca na coluna de direção, exceto o jipe, a rural e a picape Willys.

Era equipado com um moderno e econômico motor 1.3 de 68 HP, acoplado a um câmbio de quatro marchas, enquanto seus concorrentes ainda utilizavam o antigo de apenas três marchas.

O Corcel também foi pioneiro no uso de freios a disco nas rodas dianteiras, um grande avanço em relação aos demais carros produzidos no Brasil.

Hoje quando você vê um Corcel I nas ruas, pode até pensar: “o que esta carroça tá fazendo aqui?”

A grande mudança

Posso te garantir que a Willys e o Corcel, com uma pequena participação da Ford, foram os responsáveis pela grande mudança de conceitos e tecnologias que começaram a atualizar os modelos e métodos de produção de automóveis no Brasil.

Críticos europeus e o novo carro brasileiro

O projeto do Corcel e protótipos foram apresentados a diversos especialistas, inclusive alguns europeus que afirmaram que o Corcel tinha tudo para concorrer no mercado automobilístico da Europa.

A revista Quatro Rodas era só elogios e, finalmente em 1968, o Corcel foi lançado no Salão do Automóvel de São Paulo.

O emblema do Corcel

Claro que naquela ocasião a Ferrari e o Mustang já eram ícones, e as duas marcas usavam cavalos como seus símbolos. Por isto surgiu a marca Corcel e evidentemente com um cavalo selvagem como símbolo.


Sua produção foi encerrada em 1986. Apesar de ter sido reestilizado em 1980, sua tecnologia foi sendo superada pelos concorrentes, mas com certeza a evolução da concorrência só aconteceu por causa do Corcel.
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